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O passatempo que virou profissão

A reunião de família com rodízio de pizza rende até hoje frutos ao empresário Leandro Teixeira Kern, 54 anos, conhecido por Mala, proprietário da Pizzaria Du Mala.

Tudo começou nos anos de 1990 quando, recém-casado com Márcia Araújo de Moraes, conhecida por Tata (hoje divorciados), moravam em Porto Alegre. Eles participaram de uma rodada de pizza na casa de uma tia de Márcia, gostaram tanto que pediram os ingredientes e o inusitado é que “a receita estava escrita no rótulo no fundo de um prato marinex”, conta Leandro. O modelo serviu de base para iniciarem a produção em casa, como esporte. Aos finais de semana, em Porto Alegre, reuniam amigos para jogar canastra e serviam pizzas. “Só que era uma receita muito pesada, mas fiz por muito tempo em casa por esporte. Reunimos o pessoal de Taquari lá em Porto Alegre. Fui fazendo daquele jeito, com queijo ralado e leite”, recorda, completando “meu apartamento tinha cheiro de alho. Era no quarto piso e, quando descia do elevador, o andar tinha cheiro de alho”.
Leandro trabalhava na iniciativa privada e foi demitido, mas já estava realizando um curso pelo Serviço Nacional de Apoio ao Comércio (Senac) de preparo de massa de pizza, o que serviu para melhorar a receita copiada do rótulo do prato marinex. “Ela ficou mais leve, mais industrial, embora sempre caseira. O queijo ralado deixava ela muito dura, seca e quebradiça”, comenta.
Em agosto de 1994, procurando uma colocação profissional, seguia fazendo as pizzas para reunir os amigos. Em um dia, o amigo, Danilo Rosa (falecido) esteve na casa de Leandro para convidá-lo a integrar um time de futebol e sugeriu que fosse feito uma vez por mês, no clube Striatus, rodízios. “Compramos o forno, que está ai até hoje, dá para assar até 14 pizzas médias, e começamos a fazer essa experiência. Danilo ficava com a copa (venda de bebidas) e nós com as pizzas”. Com o sucesso, no final de 1995, decidiram transformar a casa onde moravam, na rua 7 de Setembro, que era do pai de Leandro, em pizzaria. Passaram a residir com o sogro para investir no negócio próprio. O nome da empresa era uma referência aos apelidos deles, ‘Di Mala & Tata’. “Começamos a obra em março de 1996 e em junho abrimos”.
Nos primeiros quatro anos, até 2000, até ter os equipamentos para fazer e abrir a massa e o processador para ralar e fatiar, era tudo feito manualmente. “Batia cinco quilos de massa a mão, deixava crescer pra depois de quase duas horas, abrir todas no rolo. Moldava na forma, pré-assava uma a uma – e não podia deixar passar o ponto – deixava esfriar e empilhava para ter estoque”, conta. Segundo dados do empresário, naqueles quatro anos, em todos os dias fez massa de pizza. “Foram em torno de 10 mil discos de massa do tamanho médio (30 cm de diâmetro). Tenho tudo anotado, desde que abri a pizzaria”, afirma.
O investimento no forno a lenha foi feito em 2004, o que gerou uma briga em família, pois muitos tinham receio de que o gasto pudesse comprometer o empreendimento. “Mas era investimento, tinha certeza de que daria certo. Muito mais tarde, eles (família) concordaram que eu tinha razão. Em 45 dias se pagou e isso foi muito gratificante”, destaca.
Com 23 anos de atividade, completados em junho, a empresa segue tendo a pizza como carro-chefe, seguida do calzone e da lasanha. “Tenho muitas sugestões para diversificar, fazer peixe na telha, por exemplo, mas procuro manter a linha das massas”, comenta.
Leandro lembra que chegou a vender, em uma noite, 113 rodízios quando realizava dois por mês. Atualmente, em decorrência da crise econômica e do desemprego, o que leva muitas pessoas a tentarem a vida com negócio próprio, são 40 rodízios numa noite. “Tem muita concorrência e, com o desemprego, muitas pessoas, assim como eu fiz, buscam alternativas; procuram emprego, não têm, vão se virar por conta”, pondera.
O número de funcionários também teve redução. Em 2014, durante a semana, chegou a ter quatro, mais Leandro. Hoje é uma funcionária, Eva Maria Ferreira, e Leandro dando a retaguarda em todos os setores. No final de semana, chega a quatro. O nome da empresa, em 2014, trocou para Du Mala, em decorrência da separação do casal.
Para o futuro, diz estar atento. “Hoje temos que trabalhar com o freio-de-mão puxado porque a expectativa de lucro caiu bastante”. O empresário destaca que busca manter a clientela e espera o momento de implementar novos pratos, como o pastelão de forno. “Mas vamos devagar”, brinca.

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