O Fato Taquari Jornal On-Line
Em seis meses de sindicância, pouco foi descoberto de como um um notebook Samsung e um tablet (Ipad mini da Apple) desapareceram de dentro das dependências da Câmara de Vereadores. Em 18 de julho de 2018 foi solicitada uma sindicância para a Prefeitura, que iniciou apenas em 1º de março de 2019. Os aparelhos tinham desaparecido e nenhum vereador ou servidor sabia do paradeiro. Uma investigação na Polícia Civil também está em curso.
Na quinta-feira, 12 de setembro, o presidente da Câmara de Vereadores, Vânius Nogueira, autorizou que o jurídico da Casa repassasse uma cópia do relatório da comissão de sindicância, assinado pelo presidente, Cássio André Reis, para o Mistura Fina.
As testemunhas ouvidas foram o diretor geral da Câmara, Jadir Rodrigues, o assessor de bancada, Marcos de Jesus Pereira Júnior, Amarelo, o chefe de gabinete da Presidência da Câmara, Márcio Alexandre Schwingel dos Santos, Cotonete, assessor administrativo, Osvaldo Capelão de Moraes Júnior e os vereadores José Harry Saraiva Dias e Ademir Bica Fagundes.
Durante a sindicância, o presidente do Legislativo em 2018, José Harry, afirmou que nenhum servidor havia sido nomeado para a guarda dos objetos e que não existia controle do uso desses aparelhos.
Em seu depoimento, o assessor administrativo, Osvaldo Capelão de Moraes Júnior, afirmou que faz o controle de etiquetas e prestação de contas do patrimônio ao Tribunal de Contas, mas que cada servidor é responsável pelo patrimônio que possui em seu setor. “Depois que entrei foi criada uma relação de bens de cada sala e o servidor dessa sala assina que é responsável pelos bens”, respondeu Osvaldo. Ao Mistura Fina, Osvaldo disse que estes aparelhos específicos não tinham uma sala e que eram usados em vários ambientes.
Amarelo contou, na comissão, que o notebook estava desaparecido há muito tempo. “Mais de ano”. Sobre o Ipad, ele disse que nunca foi usado por nenhum dos servidores. “A última vez que vi, o Jadir me pediu que eu guardasse no armário lá em cima, isto antes de eu sair de férias, em janeiro deste ano (2018).
Quanto à utilização do Ipad, todas as testemunhas em suas inquirições informam que era utilizado exclusivamente pelo presidente da Casa em 2017, Ademir Fagundes, e que acreditam que nenhum outro servidor havia utilizado o aparelho. Mas que Ademir teria entregado o aparelho para o diretor da Câmara, Jadir, e este solicitou que o servidor Amarelo guardasse o objeto.
A conclusão da sindicância foi que há uma falta de organização, registros e cuidados com materiais e patrimônio da Câmara, conforme foi declarado pelas testemunhas. “Isso então impede que esta comissão conclua a sindicância encontrado um responsável ou pelo menos estabelecer exatamente a data do ocorrido”. A comissão sugeriu que seja nomeado um servidor responsável pelo controle patrimonial, registro e controle de entrada e saída de patrimônio. Que se faça um controle de uso, oferecendo um termo de empréstimo a todo e qualquer servidor, vereador, ou munícipe que fizer uso de qualquer objeto de propriedade da Câmara Municipal de Vereadores. “Que aguarde a conclusão da investigação da Polícia Civil quanto ao furto e com base no inquérito policial, se assim se fizer necessário, abra-se um processo administrativo disciplinar, caso tenha participação de servidores com vínculo com a Câmara Municipal de Vereadores”, consta no relatório da comissão.
A delegada de Taquari, Betina Martins Caumo, disse a O Fato que aguarda a cópia do relatório da comissão para continuar as investigações.
O relatório foi repassado para o Setor Jurídico da Câmara de Vereadores para dar seu parecer. Para o atual presidente do Legislativo, Vânius Nogueira, quando desparece aparelhos como esses, dificilmente vão ser recuperados.
Impasse entre Executivo e Legislativo
O prefeito Emanuel Hassen de Jesus, Maneco, ainda está diante de um impasse. Precisa repassar R$ 300 mil para ampliação de uma fábrica de uniformes e ainda investir no show principal da programação do Natal Açoriano. Ele contava com o orçamento da Câmara de Vereadores para conseguir os dois recursos. Conforme o prefeito Maneco, até o momento, a Câmara de Vereadores não respondeu oficialmente sobre a devolução de verba. O prefeito disse que vai continuar priorizando a geração de empregos, mas que se esforça para corresponder à expectativa de todos.
Vânius disse que participou de uma reunião há 10 dias no gabinete do vice-prefeito, André Brito, em que levou o orçamento da Câmara, demonstrando que não teria verba para repasses, já que mais de R$ 1 milhão foi repassado no início do ano. O presidente também disse que nunca recebeu um documento oficial requerendo a verba. “Eles se convenceram que não tinha, amigavelmente”. Vânius disse que vai passar algum valor para contrapartida de obras.
Prefeitura divulga que recebeu mais de 200 cadastros para trabalho na Zanc
Segundo levantamento da Prefeitura, 206 currículos foram levados ao Sine até o momento. “Quem deseja concorrer a uma oportunidade na Zanc em Taquari, tem até o dia 10 de outubro para realizar seu cadastro. Falta pouco para o prédio ser inaugurado. André e eu estamos contando os minutos para ver esse projeto se realizar. Tudo isso só foi possível graças a muito trabalho e planejamento de todos. Lutamos incansavelmente para que este momento efetivamente se concretizasse”, destacou o prefeito Emanuel Hassen de Jesus, Maneco.
O Sine funciona de segunda a sexta-feira, com horário de expediente das 8h às 12h e das 13h30min às 16h30min. Os cargos na Zanc são destinados às áreas de operador de telemarketing, segurança, limpeza, zeladoria e jardinagem. Conforme a Prefeitura, a empresa do ramo de call center garante salários compatíveis com as categorias, além de plano de saúde, premiações, vale-transporte e vale-alimentação.
UBS em Amoras já tem data para ser inaugurada
De acordo com informações da Prefeitura, no dia 22 de setembro, um domingo, às 18h, será inaugurada a Unidade Básica de Saúde (UBS) de Amoras. O recurso para erguer o prédio em Amoras, cuja quantia gira em torno de R$ 350 mil, veio de emenda parlamentar do ex-deputado Vieira da Cunha (PDT) – na época do anúncio da conquista, Vieira exercia mandato na Câmara Federal, em Brasília. Já a viabilização dos equipamentos, no valor de R$ 150 mil, foi garantida em parceria com o deputado federal Afonso Motta (PDT).
