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A Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) reuniu seus associados na noite da terça-feira, 21, no auditório do Centro de Ensino Médio Pastor Dohms para apresentar o projeto de cercamento com câmeras das principais vias de fuga do município e alguns pontos do Centro.
O custo total do projeto para instalar 15 câmeras será de R$ 171.900,00, sendo que R$ 70 mil serão repassados pela prefeitura, em convênio a ser assinado nos próximos dias, e R$ 66.900,00 foram arrecadados através de doações de empresários, solicitadas pela CDL. Os R$ 35 mil que faltam serão completados pelos demais associados, conforme definido na assembleia desta semana.
Na pauta, dois assuntos: a cobrança de R$ 250 de cada associado que não fez a colaboração espontânea, a serem pagos em três parcelas e a criação de um Fundo de Reserva para manutenção, reposição de materiais e ampliação do projeto de videomonitoramento, no valor de R$ 10, mensalmente, a serem pagos pelos associados por dois anos, com reavaliação no final do período.
Os dois itens foram aprovados pelos cerca de 10% dos associados que compareceram à assembleia e, com isso, será completado o valor que faltava.
Conforme o presidente, Maicon Costa, se a proposta para totalizar o valor não fosse aprovada, de qualquer maneira o projeto seria executado, mas ficaria algum ponto sem câmera. “Com o que temos hoje, conseguimos executar uma parte e temos que dar este ‘start’”.
Um dos diretores da CDL, César Augusto Ferreira, destacou que o sistema é público e que a CDL é apenas a executora. “Neste momento, o mais importante não é em relação ao que não vai pagar e será beneficiado. E sim, aquilo que poderá ajudar a aumentar este projeto”.
O prefeito Maneco, que participou da abertura da assembleia, parabenizou a CDL e destacou a ação coletiva da comunidade. “Talvez não tenhamos nos dado conta da dimensão do que vocês estão fazendo, de construir algo em parceria, com todos colaborando, dentro das suas possibilidades. Estamos num momento financeiro, para todo mundo, muito ruim e, mesmo assim, a adesão foi de quase 100%, e na prefeitura, não há dúvida, muita dificuldade”.
Onde ficarão
Uma na lagoa, na esquina da quadra coberta; na esquina da Loja Lebes; na esquina das ruas Lautert Filho, Albino Pnto e General Osório; nas saídas da Avenida Farrapos (Orfelino Bizarro com a Farrapos, saída para o Passo do Santa Cruz, Campo do Estado e Pella Bethânia); rótula Paul Harrys; esquina da Campo Romero com a Bertholdo Kern; Igreja Nossa Senhora das Graças, Avenida 20 de Setembro com a Dr. Miguel Santana; Rua Riachuelo e entrada pela barca.
Sistema é integrado ao Governo do Estado
O Sistema de Vigilância contempla câmeras específicas para serem utilizadas na rua, com qualidade maior, e algumas motorizadas, em locais estratégicos e que serão operadas pela Brigada Militar. Essas têm capacidade de zoom mecânico de até 400m. No convênio assinado entre o Governo do Estado e o Município, que levou dois anos para ser concluído, prevê a inclusão de Taquari no sistema da Segurança Integrada com os Municípios (SIM), a implantação do sistema de identificação das placas dos veículos e a designação de brigadianos para monitoramento das câmeras, 24 horas, por dia. “Esta é a obrigação do Estado e era uma preocupação nossa também, porque de nada adiantaria colocarmos estas câmeras, elas estarem lá gravando e depois de ocorrido o sinistro, ir lá assistir às imagens”, disse César Augusto. Deverão ser quatro policiais da reserva, que atuarão no acompanhamento em escala.
Também será adquirido um sistema de leitura de placas de veículos. “Ele está pronto para quando o Governo do Estado liberar banco de dados de veículos em situação de roubo ou furto. O carro passou em uma câmera determinada e o brigadiano poderá saber e disparar a viatura. Isto é importante, a capacidade de o sistema ser proativo e não esperar o crime acontecer”, destacou Carlos Augusto.
A sala da Brigada Militar também precisa de melhorias, para que os brigadianos que forem cuidar das câmeras tenham um ambiente adequado para o monitoramento, com dois televisores de 50 polegadas para assistir às câmeras e uma estação de trabalho. As imagens ficam armazenadas por 30 dias, à disposição da Brigada Militar em tempo real, e da Polícia Civil, que poderá requisitar.
O tempo de garantia é de dois anos e são antivandalismo. O sistema tem capacidade para 32 câmaras.
Foto: Especial/Walter Rodrigues Fotografia
