Gestantes e crianças de seis meses até 5 anos, 11 meses e 29 dias devem receber a vacina contra a influenza. A campanha nacional iniciou na quarta-feira, 10, mas até o dia 18 é destinada a crianças e gestantes em qualquer período da gravidez. Segundo o Ministério da Saúde, este grupo foi o primeiro a receber as doses porque são os mais vulneráveis às complicações causadas pela influenza.
Neste ano, a campanha foi antecipada em duas semanas, e a faixa etária do público infantil foi ampliada de 5 anos incompletos para os seis anos incompletos.
A moradora do bairro Coqueiros, Andrelize Costa Vilas Boas Melo, 19 anos, aprovou a antecipação da campanha e levou o filho Miguel Costa Teixeira, 2 anos, no posto central no primeiro dia da campanha. “Acho bastante importante, ainda mais para os pequenos”, destacou.
Aline Rosa Silveira, 38 anos, também levou a filha, Sandrine Silveira Lopes, 4 anos, para fazer as vacinas na quarta-feira. “Gosto das coisas bem organizadas. Abre a campanha e já corro. Ela fez quatro anos ontem e hoje já quero dar as vacinas da idade”, afirma Aline. Para ela, a vacina é uma forma importante de prevenção. “Com certeza e do jeito que as doenças estão aumentando a cada dia”, diz.
A médica pediatra Maria Cristina Locatel dos Santos salienta a importância da vacina contra a gripe. “Apesar de ser uma doença simples, existem inúmeros tipos de vírus, alguns mais agressivos, que podem causar graves complicações e até levar à morte. Prevenir é essencial. Existem pessoas que temem a reação da vacina ou de desenvolver a doença. Mas é muito importante ressaltar que a vacina é feita de vírus inativado, ou seja, não transmite doença. Se o indivíduo apresentar gripe, mesmo vacinado, foi por outro vírus que não estava contido na vacina”, explica a médica.
A partir do dia 22 de abril, a vacinação contra influenza se estenderá aos demais públicos-alvo da campanha: trabalhadores de saúde, povos indígenas, puérperas (mulheres até 45 após o parto), idosos (a partir dos 60 anos), professores, pessoas portadoras de doenças crônicas e outras categorias de risco clínico, população privada de liberdade, incluindo adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medida socioeducativa, e funcionários do sistema prisional.
A meta do Ministério da Saúde é vacinar pelo menos 90% de cada um dos grupos prioritários. O dia D de mobilização, em que postos de todo o Brasil estarão abertos, será no dia 4 de maio. A campanha encerra em 31 de maio.
Conforme o Ministério da Saúde, a escolha dos grupos que receberão a vacina segue recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), baseada em estudos epidemiológicos e no comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. Por isso, são priorizadas as populações com maior chance de complicações e óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave. A vacina produzida para 2019 teve mudança em duas das três cepas que compõem o imunobiológico e protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no último ano no Hemisfério Sul, de acordo com determinação da OMS: A (H1N1); A (H3N2) e B.