A costureira Elisabete dos Santos, 45 anos, voltava do horário do almoço da fábrica onde trabalha, na avenida Farrapos, no dia 28 de fevereiro, por volta das 13h10, quando sofreu um acidente.
Ela conta que transitava de moto pela rua José Porfírio da Costa, reduziu a velocidade para passar por um quebra-mola, quando um cachorro saiu correndo de dentro do campo, em direção ao outro lado da rua. “Acabei atropelando ele, mas ele continuou correndo. Eu caí de moto no momento do impacto”.
Elisabete foi socorrida pelo Samu e levada para o hospital São José com escoriações nas pernas, braços e mãos. “Queimou a pele no asfalto, saiu pedaços da minha perna”, conta a costureira. Ela teve que ficar no hospital em observação até à noite daquele dia, depois foi liberada. Conforme atestado médico, está impossibilitada de trabalhar até o dia 14 de março. Elisabete gastou R$ 100 em uma consulta particular e ainda arca com as despesas de remédios. “Tenho muita dor, tem momentos que não consigo esticar as pernas”.
A costureira chama a atenção para uma questão que ela julga ser um problema, pois não é a primeira vez que um cachorro de rua oferece perigo. “Outra vez, estava passando de moto no mesmo lugar e um cachorro veio morder meus pés. Tem uma cuidadora que alimenta os cachorros no Loteamento São José. Ela estava lá e disse para ela que não estava certo. Ela me disse que ia recolher da rua os cachorros que avançam”. De acordo com Elisabete, quando ela volta do trabalho, por volta das 17h, ela vê uma senhora em uma caminhonete, alimentando os cachorros que vivem nas proximidades do Loteamento São José. “Até colocaram umas casinhas de cachorro na beira da estrada”. Elisabete pensa que se estão tratando os cachorros não podem deixar eles na rua. “E agora, quem vai se responsabilizar pelo que aconteceu comigo?”, questiona.