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Apesar de não existir projeto de lei, vereadores admitem que a discussão sobre o aumento é constante nos bastidores da Casa

Na edição da semana passada de O Fato, 1º de fevereiro, o Mistura Fina publicou matéria sobre o desejo do presidente do Legislativo de Taquari, Vânius Nogueira (PDT), de colocar em discussão um aumento de salário para os vereadores. Vânius quer equiparar esse salário, que atualmente é de R$ 3.942,17, com um de secretário municipal, que recebe R$ 6.049,93 por mês. Ele inclusive diz que coloca em votação o projeto de lei se tiver cinco votos dos nove vereadores. Na consulta aos outros vereadores, dois se mostraram a favor, Leandro Mariante (PT) e Marquinhos do Eli Gordo (PSDB). Mariante, inclusive, acredita que um vereador deve ganhar mais que um secretário. Zé Harry Saraiva Dias (PDT) e Ramon Kern de Jesus (PSDB) responderam que não é momento econômico para este tipo de discussão. Tio Nei (PSDB) defendeu uma redução de salário de vereadores.

“Rabo entre as pernas”

Na quinta-feira pela manhã, 7 de fevereiro, Vânius Nogueira voltou a falar sobre o assunto. Segundo ele, não há nada decidido e ele não sabe quantos votos consegue para aprovar a lei. “Não sou eu que estou querendo, são uns quantos, mas tem gente que coloca o rabo entre as pernas. Tem medo de assumir as coisas, não se manifestam publicamente. Foi levantada a situação, por mim tanto faz, nem sei se vou concorrer na próxima eleição. Tem um grupo por trás querendo”.
Se entrar na pauta e ser aprovado o projeto de lei de aumento, ele valerá para os vereadores que forem eleitos em 2020 e assumem a Legislatura em 2021.

Mais dois vereadores se manifestam

Três vereadores não haviam sido localizados na semana passada: Ademir Fagundes (PDT), Clóvis Bavaresco (PP) e Pastora Mara (PSDB).
Ademir Fagundes manifestou-se através de sua assessoria, dizendo que “não participou de nenhuma reunião sobre o aumento de salário, há um especulação, não existe projeto e, se não existe projeto, não tem por que me manifestar no momento. Quando entrar em pauta, aí vou me posicionar”, frisou. O Mistura Fina insistiu, argumentando que o assunto está em pauta, pois o presidente do Legislativo, Vânius, falou a respeito. Ademir foi questionado mais uma vez sobre sua opinião. Em resposta: “Posição eu tenho, no momento que for apresentado o projeto”.

“Sou contra”

Clóvis Bavaresco emitiu uma nota oficial na manhã de ontem, quinta-feira, 7 de fevereiro, que segue:
”Quanto ao aumento de salário dos vereadores de Taquari, SOU CONTRA. O assunto é complexo e polêmico, pois envolve a opinião da população, fato que não muda meu posicionamento, SOBRE QUALQUER ASSUNTO, desde que eu tenha consciência de que eu esteja sendo justo. Que fique claro haver, de minha parte, RESPEITO PARA COM OS MEUS PARES com opinião contrária à minha, pois cada um tem uma história de vida com suas experiências, aspirações e entendimento dos fatos.
A minha história é de ser filho de um ex-vereador de Taquari em uma época onde o mandato, de todos, era gratuito, PORTANTO, EXIJO RESPEITO. Há também o fato de eu ser filho de professora, profissão pouco remunerada, o meu ver, devido à sua importância, SEM DESMERECER QUALQUER OUTRA ATIVIDADE. Então, me questiono, por que eu, estando vereador, devo ter um salário mais alto que o de um professor?

Difícil de achar

O Mistura Fina foi, na quarta-feira, até a igreja onde a Pastora Mara atua e não a encontrou. Na quinta-feira, pela manhã, foi até sua casa. A reportagem foi atendida por seu marido, que contou que seu telefone estava com problemas. Pastora Mara enviou um recado, através do esposo, dizendo que estava se arrumando, não poderia atender o jornal e mais tarde estaria da Câmara de Vereadores. Foi deixado recado de que o jornal a aguardava para uma entrevista. A reportagem foi até a Câmara de Vereadores e deixou o mesmo recado lá. Finalmente, a reportagem conseguiu falar com a Pastora Mara por telefone. Ela disse que não existia o projeto de lei prevendo aumento, mas se acaso tivesse, ela seria contra, pois acha que não é momento econômico para isso.

Aumento deveria ser para professores

A professora Cláudia Palagi, 47 anos, entrou em contato com O Fato para expressar sua opinião sobre o aumento do salário dos vereadores. O Mistura Fina ouviu mais dois leitores na rua. Leia as opiniões.

MISTURA - Enquete Palagi“Bom, minha posição talvez não seja diferente da maioria dos taquariense. Sou completamente contra e lamento termos representantes vereadores que votariam favoráveis caso esse assunto fosse pauta de discussão na Câmara. Sou professora pública no estado e no município de Taquari, sempre lutei para que o salário de professor fosse valorizado como merece, mas até o momento isso ainda é uma utopia, ainda é uma questão de muita luta e de vergonha na cara por parte de nossos governantes.
Teve um vereador que realmente me surpreendeu ao se pronunciar favorável a um suposto aumento de seu salário, outros, não me causaram estranheza. Saliento também que tivemos dois vereadores que foram contra. Gostaria muito de saber a posição dos demais quanto a esse assunto, pois o mesmo é de extrema importância visto as dificuldades financeiras em que se encontra o nosso município. Sugiro aos vereadores encaminhar um projeto de lei e repassar esse % de aumento que seria para os seus salários ao salário básico de cada professor do nosso município.”
Cláudia Palagi, 47 anos, professora

 

MISTURA - Enquete Amanda“Eu não acho legal, pois o salário deles já é um salário bem alto. Todos eles, eu acho, têm um emprego fixo. É um dinheiro que eles podem tirar, que deveria ser investido em outras coisas, ao invés de pôr no bolso deles.”
Amanda Gomes da Costa, 23 anos, vendedora

 

MISTURA - Enquete Cristiano“Eu já acho demais R$ 4 mil, imagina R$ 6 mil. Nós ganhamos um salário mínimo hoje, que não chega a R$ 1 mil. Então imagina um vereador que ganha R$ 4 mil, acha pouco, e quer R$ 6 mil. Minha opinião é que tem que ficar como está”.
Cristiano Silveira Melo, 39 anos, funileiro montador

Os que não se manifestam

O Mistura Fina procurou várias pessoas para ouvir a opinião sobre este aumento de salário dos vereadores. Muitos falaram a respeito, mas tiveram receio de revelar sua identidade no jornal. Houve uma diversidade de respostas:

“Prefiro não expor minha opinião, daqui a pouco me queimo com alguém de graça por aqui. Sabe como é essa cidade. Para mim vereador nem tinha que ter salário”.

“Eles ganhando R$ 6 mil e o comerciante que trabalha muito ganhando R$ 1.200,00. É justo?”

“Se eu estivesse lá e dependesse do meu voto, provavelmente eu também votaria a favor. Não se pode reclamar só dos políticos. Todos os seres humanos estão corrompidos”.

EDITORIAL

Os ventos da mudança ainda não chegaram em Taquari

As últimas eleições foram marcadas pelo desejo de mudança, e o resultado nas urnas demonstrou que o cidadão brasileiro quis banir a velha política, voltada mais para o interesse da classe política do que para a sociedade.
Isso teve reflexo no Parlamento Brasileiro, onde houve a maior renovação desde a redemocratização. Na Câmara de deputados, das 513 cadeiras em disputa, 243 foram conquistadas por deputados novos, correspondendo a uma renovação de 47,3%, a maior da história desde a redemocratização do país.
No Senado Federal, havia 54 vagas em disputa, e foram eleitos 46 novatos, que corresponde a uma renovação de 87%.
O desejo de mudança não significa necessariamente a troca de pessoas, mas sim daquelas comprometidas com a velha política, onde o interesse da sociedade fica em segundo plano.
Perece que esse sinal não foi captado por alguns vereadores. Vimos, na edição passada, que alguns defenderam o aumento de seus vencimentos, e querem praticamente dobrar, passando de R$ 3.942,17 para R$ 6.049,93.
O desejo é equiparar ao vencimento do secretário municipal, que cumpre uma jornada diária de 8 horas, enquanto o vereador não tem jornada de trabalho a ser cumprida. Deve comparecer a duas sessões por mês e, logicamente, deve tomar conhecimento dos projetos que estão tramitando.
Não dá para dizer que a função de vereador é maior do que a de um secretário como afirmam a alguns.
Todas as atividades são importantes dentro da sociedade, cada uma cumpre seu papel. Já imaginaram se não houvesse garis e pedreiros por exemplo? Quem iria recolher o lixo da cidade e construir nossas casas?
A justificativa de que o vereador é eleito e o secretário não, não justifica a pretensão de equiparar os vencimentos. O vereador existe para atender os interesses da sociedade, e o fato de ser escolhido não lhe autoriza a se autoproclamar mais importante em decorrência de ter sido eleito.
Um vereador não sofre qualquer prejuízo na sua atividade. Pode continuar exercendo-a e ainda ser vereador. O vencimento de vereador soma com os seus outros ganhos. Raras são as atividades remuneradas que têm esse privilégio. Tanto é que um vereador é professor com 40 horas semanais, e continua trabalhando nessa atividade, recebendo como professor e como vereador.
Receber R$ 3.000,00, sem precisar abrir mão de outra atividade remuneração, não é pouco.
É bem mais do que recebe a maioria para trabalhar 8 horas diárias.
Espera-se que os ventos da mudança afastem essa ideia de aumento de vencimento. Caso contrário, aqueles que insistam em velhas práticas políticas, correm risco de serem afastados pelos eleitores no próximo pleito.

Saiu do grupo

NMISTURA - Print Wathsa semana passada, edição de 1º de fevereiro, O Fato publicou matéria sobre uma investigação da Polícia Civil de um grupo de whatsapp que revela blitze e barreiras policiais. Em um destes grupos, alguém colocou uma cópia (print) da matéria do jornal. Depois disso, como se pode ver na imagem, várias pessoas deixaram o grupo, provavelmente por receio da investigação. Outro detalhe, ao invés de usar barreira policial, agora no grupo alguém usou “tem disco voador na Aleixo Rocha” para se referir à blitze.

Visita a secretaria Estadual de Obras

MISTURA - Reunião POA 01O secretário estadual de Obras e Habitação, José Stédile, recebeu ontem, 07, o prefeito de Taquari, Emanuel Hassen de Jesus, o Maneco, o vice-prefeito, André Brito, o presidente da Câmara de Vereadores, Vânius Nogueira (PDT), o vereador José Harry (PDT) e lideranças locais.
Segundo a assessoria da secretaria, na pauta a construção de unidades habitacionais e a perfuração de poço artesiano.

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