Passados 30 dias do acidente, parentes pedem mais agilidade na atuação da polícia

Familiares de Sophia Emanuelle Schuster da Silva realizaram, na tarde do domingo, 23 de dezembro, uma manifestação no Km 353 da BR 386, próximo à loja Vieira Variedades.

A menina de 3 anos foi vítima de um atropelamento, no dia 18 de novembro, junto do padrinho, que teve lesões, quando atravessavam a via que é duplicada. Segundo a família, eles estavam no acostamento do lado esquerdo (sentido Capital/Interior) para irem tomar café no posto de combustíveis, quando foram atingidos. A menina foi hospitalizada e faleceu dois dias depois no Bruno Born, em Lajeado. O homem e a menina foram atingidos por uma caminhonete Tiguan, de Lajeado. A motorista que causou o atropelamento permaneceu (no dia do acidente) no local e fez o etilômetro que não apresentou a presença de álcool no sangue.
Na tarde do domingo, familiares e amigos vestindo camiseta branca com a foto da menina e com balões brancos caminharam da frente da loja até o ponto onde ocorreu o acidente, a cerca de 300 metros. No local foi colocada uma cruz com o nome da pequena. Os manifestantes também soltaram os balões e cantaram um hino religioso. Um lado da rodovia foi interrompido por cerca de cinco minutos, por três vezes durante 45 minutos, entre as 16h15 e as 17horas.
Os familiares pedem justiça. “Isto não pode ficar assim. Hoje foi minha filha, amanhã poderá ser outra pessoa. Foi imprudência dela (motorista) porque acostamento não é pista. Qualquer descuido no trânsito que gere um acidente é crime, não pode ficar assim. A gente espera só justiça. Tá bem difícil pra gente que é mãe e tem um amor dentro da gente”, diz a mãe da vítima, Crisnanda Schuster da Silva, 24 anos.
A tia e madrinha da menina também alerta para a necessidade de mais atenção dos motoristas. “Como aconteceu com a nossa, ocorreu com outras. O pessoal tem que parar, tirar o pé do acelerador. Eles (a vítima e o tio) estavam no acostamento e ela vinha trafegando pelo acostamento”, conta.
A operadora de máquina, Gislaine Camboim, 43 anos, participou da manifestação. “É uma criança que perdeu a vida por pessoas que não têm consciência de que na rodovia tem que estar atento. É muito triste, imagina a dor da mãe perder uma criança de dois anos”, diz a amiga da família.
A Polícia Civil informou, nesta semana, ao jornal O Fato que o inquérito está na fase de oitiva, porque a vítima que teve lesões está em recuperação de saúde, e também aguarda o resultado do laudo da perícia.