O Fato Taquari Jornal On-Line
A trajetória profissional de empresário taquariense Vilson Garcia da Silva, 56 anos, começou num ramo bem diferente do que ele está atualmente. Embora atuasse na área de comércio, trabalhava no setor de materiais de construção, em Porto Alegre. Até que em uma visita à terra natal surgiu a oportunidade de adquirir um restaurante, localizado na rua Albino Pinto, de propriedade de Horáida Pereira.
Incentivados pela irmã e o cunhado, que justificaram haver clientela no estabelecimento, ele e a esposa, Roseli Menger, 54 anos, assumiram o negócio. No dia 6 de março de 1999 nasceu o Restaurante Comabem. Na época eles tinham 34 e 36 anos e passaram a morar junto do restaurante. “Mas não foi bem o que esperava. O começo foi um pouco conturbado. Saí da estaca zero praticamente e este período foi difícil, esta troca de ramo e de cidade”, lembra. Com três meses de negócio e sem ter experiência, ele pensou em encerrar a atividade. “Tava a fim de parar, o restaurante não tinha renda. Foi um período praticamente tirando dinheiro do bolso e empatando”. Tentou vender a empresa, mas não conseguiu, então, com a experiência da esposa na área da cozinha, apostou novamente. Com um ano, começou a dar resultado. Com dois anos de atividades, tiveram que trocar de imóvel. Mudaram para a Avenida Lautert Filho (onde hoje é a Opção Contabilidade).
Em uma casa adaptada para restaurante, começaram do zero. “Aqueles clientes, que eram do movimento da rodoviária, não me acompanharam. No primeiro mês, também foi muito difícil”, recorda. Neste período, ele colocou em prática uma ideia que conhecia de Porto Alegre. “Começamos a incrementar com os assados. Saí um pouco do restaurante e parti para este lado. Foi o que me ajudou muito. Comecei a assar galinha, depois botei a carne de rês, o que deu certo”, aponta.
Mas os sonhos continuavam, especialmente para ter sede própria, além de ter um espaço amplo e com boas acomodações aos clientes. O empresário começou a sonhar com um terreno que tinha próximo. Mas o valor era alto para o orçamento de Vilson. Com o passar do tempo, o dono decidiu vender. “Baixou um pouco o preço, eu tinha uma reserva, vendi um carro e parcelei o resto”, diz. Vencida esta etapa, passou a planejar a obra. Em 2008, mudou-se para a nova sede, quadruplicando o tamanho do estabelecimento, que ficou com 400m². “Quando comecei a construir aqui, muita gente me disse que a cidade não comportava um empreendimento desse porte. Mas sempre disse que Taquari merecia um restaurante de boa qualidade. E a prova tá aí. Estamos há 10 anos. O empreendimento, que iniciou com o casal, hoje possui seis funcionários. “Olho pra trás e vejo que saí da estaca zero. Não tinha nada, praticamente com a coragem. Hoje, graças a Deus, tenho um bom movimento, um restaurante bem montado. Prezo muito pela qualidade do produto, o espaço e acomodação para o cliente. Gosto que o cliente se sinta bem”, destaca.
Além de servir no local, o empreendimento atende duas empresas. Ao todo, são 170 pratos por dia. Para o futuro, a ideia é ampliar o horário de atendimento. “Uma possibilidade é a de explorar mais a noite. Já abrimos quando há casamento, formaturas, festas de final de ano”, diz.
Hoje o restaurante é abastecido com energia solar, o que contribui para o meio ambiente e reduz a despesa. Também, o estabelecimento possui máquina lava-louça. “Dá qualidade a mais além de esterilizar as peças e mais, o esterilizador, que ainda mantém o prato aquecido”.
O estabelecimento abre de segunda a domingo, e disponibiliza o bufê, a quilo ou livre, grelhados, e nos, finais de semana, o churrasco para comer no local ou levar para casa. Há ainda o tradicional galeto assado. No final de ano, oferece as ceias de Natal com Chester, peru e porco.
