Em tempos de youtubers, jogos on-line, vídeos e redes sociais, a maioria das crianças e pré-adolescentes dedicam grande parte do seu tempo ao celular, tablet ou computador. As brincadeiras na rua não são mais a prioridade. Ler, então, ocupa menos espaço na vida dos pequenos. No entanto, ainda há os leitores assíduos que entendem a importância do ato ou que fazem por lazer.
Hoje, Dia da Criança, o jornal O Fato Novo mostra o exemplo de dois estudantes do Instituto Estadual de Educação Pereira Coruja que dedicam uma parcela do tempo aos livros.
O estudante do 6º ano, João Pedro Martins de Araújo, 11 anos, é leitor assíduo da biblioteca da escola. Além disso, ele matém leituras em casa e diz que já possui um acervo de 138 livros e revistas. “Prefiro ler”, diz, quando questionado sobre o uso de redes sociais. João Pedro conta que desenvolveu o hábito sozinho e que tem a coleção completa do “Diário de um Banana”. Ele afirma que lê um livro dessa coleção em um dia e meio. Também são da preferência de João Pedro são livros de mitologia, astronomia, astronáutica, química, astrofísica e cosmologia. “Quando crescer, quer ser cosmólogo, astrofísico, astrônomo e químico. Lendo, consigo deixar o texto mais rico em palavras. Consigo aprender o que aprenderia em séries mais avançadas, como, por exemplo, física. Lendo este livro, descobri que as órbitas dos planetas não são esféricas, um círculo; são mas elípticas, mais ovais; que o homem não foi para o espaço, ele saiu da atmosfera da terra e que Laika foi o primeiro ser vivo terrestre a orbitar o planeta Terra”, conta.
Também estudante do 6º ano, a aluna Pauline Gamalho gosta muito de ler e acredita que aprendeu com a avó. “Ela tem armários de livros em casa e leu quase todos”, conta. Pauline disse que lê à noite em casa ou quando vai viajar e prefere livros de Talita Rebouças e youtubers. “Gosto das histórias e fico querendo saber o que acontece”, justifica. Para o futuro, ela diz que quer ser fotografa e acredita que as leituras vão auxiliar. “Sabemos mais sobre os lugares a vida das pessoas”.
O fato de se dedicarem à leitura não impede que os estudantes tenham tempo para outras atividades. “Faço inglês, catequese, as vezes vou na academia, brinco com as amigas, converso no WhatsApp, vou na lagoa e faço pique-nique”, conta Pauline.
João Pedro mantém outras atividades. “Leio, jogo vídeo-game, faço caça-palavras, converso com meus amigos. Tem horas que prefiro ficar no meu canto lendo e fazendo outras coisas”, diz.
A professora de Português do instituto, Lidiane Alves Cardoso, destaca que o aluno leitor enriquece o vocabulário, dinamiza o raciocínio e interpretação, tornando-se mais crítico. “Hoje, com o avanço das tecnologias do mundo moderno, cada vez menos os alunos se interessam pela leitura e cabe a nós, professores, a missão de despertarmos esse interesse pela leitura, ressaltar sua importância e benefícios”, completa.
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