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O diretor do Instituto Núcleo de Apoio às Políticas Públicas (Inapp), Fernando Wegner, e assessores jurídicos do instituto apresentaram, na noite da segunda-feira, 30 de julho, no Conselho Municipal de Saúde (Comsaúde), o Plano Operativo junto do relatório das atividades e prestação de contas dos dois meses em que estão na administração do hospital de Taquari. Uma cópia destes documentos deverá ser disponibilizada no site do hospital.
“Logo que o Inapp chegou no hospital, foi feito um diagnóstico da situação toda, tá tudo registrado por foto”, disse o diretor. “O plano operativo que existia era do tempo do Isev com inúmeras referências, com metas de outras realidades que não existem mais”, acrescentou o assessor jurídico, Alexandre Marques de Fraga.
Eles destacaram a escassez de recursos uma vez que, com a perda da referência para cinco especialidades, que ocorreu entre 2016 e 2017, o hospital também deixou de receber os incentivos. “Quando a gente perde uma referência, alguém ganha, e o teto financeiro que vem com ela vai pra lá (para quem ganhou). Não tem como colocar a mesma coisa na mesa, se a vaca foi pro brejo. É esta analogia que estou tentando fazer. Não adianta chorar que tinha isto no hospital, mas não tem mais”, diz Wegner.
Eles citaram diversas situações com as quais estão enfrentando dificuldades para dar andamento no trabalho, como a falta de roupas para estender nas camas em decorrência de dívidas com a prestadora do serviço. “Às vezes, a gente tem que colocar o dinheiro para outras coisas que não cabe dizer aqui, que são o mínimo para fazer um hospital rodar”, disse o diretor. Ele falou ainda que não há contrato para tratamento da água. “O hospital está deteriorado, dá pena de ver. A gente tá com uma pressão muito forte por algo que, em nove anos, não foi feito”. Ele pediu a parceria do Conselho. “Para nos ajudarem a construir a nossa nova casa, porque com esta história do que a gente tinha e o que a gente perdeu não vamos a lugar nenhum”.
Ação da vigilância sanitária
O diretor também falou da ação da Vigilância Sanitária Estadual, na semana passada, no hospital, que interditou temporariamente, o bloco cirúrgico e o Centro de Material e Esterilização (CME).
Ele disse que foram feitos apontamentos de melhorias na estrutura física e nas rotinas de trabalho. Quanto às rotinas de trabalho, segundo Wegner, a maioria estava resolvida no começo da semana e que, até sexta-feira, estariam concluídas. Sobre as questões de estrutura – como colocar uma entrada para o material sujo, já que não pode passar pelo mesmo acesso do material limpo – precisam ser resolvidas com o proprietário do prédio, neste caso, a prefeitura. “Não tem vestiário na entrada, dentro do setor. Isto não é porque o Inapp assumiu, isto vinha assim há anos. Não tinha mais álcool gel no hospital; balcões velhos de madeira que não podem mais ser usados porque são porosos; sem contrato de manutenção de equipamentos”, citou.
Secretaria apresenta Plano de Ação
A enfermeira coordenadora da Secretaria Municipal da Saúde, Iara Goerck, apresentou o Plano Anual de Saúde, onde estão contempladas ações de promoção da saúde em diversos segmentos. Estão previstas ações como a implantação da ouvidoria municipal do SUS, redução da gravidez na adolescência, prevenção da violência doméstica, entre outros.
