DSR Comunicação Visual iniciou com produção de faixas artesanais

A história da empresa DSR Comunicação Visual iniciou em meados dos anos 90, quando o empresário Deivid Souza do Rosário, na época com 12 anos, aceitou o pedido do padrinho, Leandro Medeiros, para fazer uma faixa convidando para um baile. Até aí, seu pai, Valdemir Rosário, o Moso, produzia eventualmente para promoções da loja onde trabalhava como gerente, a Eloy Kern Móveis e Decorações, e para os eventos de um grupo de patinação da cidade.

O pedido do padrinho lhe causou surpresa, mas aceitou o desafio, embora até ali, apenas via o que seu pai fazia esporadicamente. “Fiz a faixa, quando entreguei, ele me pagou, daí vi que dava dinheiro”, brinca.
Então começou a confeccionar esse tipo de material publicitário. Naquela época, as faixas eram colocadas nas ruas, presas aos postes de iluminação pública, mediam em torno de 4,00m x 0,70m e eram pintadas à mão. Levava de cinco a seis horas para ficar pronta e era feita num espaço dentro da casa dos pais de Deivid.
Cerca de dois anos depois, passou a produzir placas para empresas e, com o crescimento, pôde adquirir a primeira máquina de recorte de adesivos, no valor de um mil dólares. Passando a ter maiores trabalhos, principalmente no momento em que houve a troca da empresa Defensa para Milenia Agrociências. “Eles precisavam de identificação interna. Foi onde consegui comprar o primeiro equipamento, uma máquina de recorte”, lembra. Até então, os recortes eram feitos com estilete. Para obter o recurso para a compra do equipamento, juntou o dinheiro que ganhava na empresa com o da banda onde tocava teclado aos finais de semana.
O investimento possibilitou ampliar ainda mais a demanda de serviço. Passou a focar no trabalho de impressão, que era terceirizado. “Sempre fui contra essa terceirização porque eu não tinha controle de qualidade e de prazo de entrega”, comenta. Neste momento, já se fazia necessário também trocar a primeira máquina adquirida por outra maior, com 60 cm de largura. O trabalho seguiu crescendo e ganhando mais clientes.
Em 2009, quando a empresa tinha 14 anos de atuação, adquiriu sua primeira máquina de impressão, um grande avanço para a época e, junto com ela, novas máquinas de recorte com 1,20m e impressão de crachás/cartões.
Anos depois, passaram a trabalhar com campanhas políticas em todo o Estado e viram-se obrigados a comprar, também, uma máquina de impressão de 3,20m de largura. “Este é o nosso canhão”, brinca. Com este equipamento, o trabalho ganhou agilidade e, por exemplo, a faixa de quatro metros que era feita em dois dias passou a ficar pronta em 20 minutos.

Empresa está há 23 anos no mercado

Inicialmente, a empresa era no nome da mãe de Deivid porque ele não tinha idade para assumir. Em 2005, 10 anos após o início, Deivid passou-a para seu nome. Ao todo, a DSR Comunicação Visual tem 23 anos de atividade em Taquari. Atualmente, trabalha com tudo o que for divulgação que dependa principalmente de impressão em grandes formatos, como outdoor e fachadas, com criação de artes e logomarca, em materiais como lona impressa ou em ACM (alumínio composto), além de acrílico, como troféus, placas e gravação a laser.
A empresa ganhou uma sede própria em 2009, com a compra da primeira máquina de impressão digital. Como o equipamento era grande, não havia como colocar dentro da casa. “Para entrar, eu teria que derrubar a fachada da casa, colocar a máquina e reconstruir a parede. Foi mais prático construir o prédio e colocar ela pra dentro. Eu já tinha os terrenos comprados. Peguei dinheiro que tinha de reserva e emprestado com meus avós para fazer o prédio e colocar a máquina pra dentro”. No começo o prédio tinha 100 m² e anos mais tarde dobrou de tamanho. A sede está localizada na Rua Bertholdo Kern, 970.
A empresa, que iniciou com apenas um funcionário, no caso Deivid, chegou a ter 10 em 2014, mas atualmente possui cinco empregados.
Em dezembro de 2010, a DSR recebeu, em Curitiba, no Paraná, o prêmio concedido pela revista Grandes Formatos, pela adesivação do ônibus do Bolishow. A DSR estava entre as 80 empresas premiadas em todo o Brasil, tendo inclusive uma matéria divulgada na própria revista sobre a história da empresa.
Sobre a trajetória da DSR Comunicação Visual, destaca: “não foi algo que eu tivesse me preparado para montar. Começamos em casa e tivemos uma boa aceitação, uma clientela legal, qualidade no trabalho e o preço, que é a última coisa. O pessoal foi percebendo isto”.
Para o futuro, ele quer melhorar a parte visual da empresa, tanto na entrada do pátio como do prédio que não está acabado. “Temos alguns produtos novos que estamos estudando para colocar no mercado. Há uns dois anos começamos a trabalhar com fachadas de ACM (Alumínio composto), que é um produto novo. Acredito quem em mais um ano conseguiremos colocar para a rua estes outros produtos visando o mercado externo. Também, a atualização das máquinas, para fazer mais em menos tempo visando principalmente reduzir os custos”.

A farinha de trigo como coadjuvante

Por cerca de dois anos, as faixas de publicidade precisavam de tempo para ficarem prontas. “Lembro que muitas vezes levava o dia inteiro para fazer a faixa e depois mais dois dias para secar a tinta. Colocava num canto para secar, dava um vento e grudava. Tinha que fazer tudo de novo. Isso aconteceu inúmeras vezes”, recorda. Em uma ocasião, a irmã de uma colega passou no vestibular e encomendou uma faixa para o mesmo dia. “Expliquei que não dava porque não seca a tempo. O pai dela insistiu para que eu fizesse porque na hora de secar viria me ajudar. Concordei para ver a mágica que ele iria fazer. Avisei quando estava pronta e me pediu para colocar farinha de trigo em cima e, que se estragasse, pagaria de mesma forma. Larguei, enrolei e realmente funcionava. Depois de abrir, era colocar água e ficava tudo normal. Não prejudicou em nada e dali em diante já comecei a fazer. Dava sujeira, também para quem comprava na hora de abrir, mas facilitou e agilizou a entrega”. O método da farinha foi usado por cerca de três anos.