O Fato Taquari Jornal On-Line
No dia 7 de novembro, completou um ano que estão morando em Taquari as crianças filhas da brasileira que foi assassinada na Espanha. Uma menina, 5 anos, e um menino, 6 anos, são netos do policial civil Tadeu Fiscuk, que reside no Parque do Meio.
No dia 3 de outubro de 2014, Gisele Dorneles Fiscuk, 28 anos, foi assassinada no apartamento onde morava em Catalunha, região metropolina de Barcelona, deixando dois filhos menores de idade. Dias depois do assassinato, a família de Gisele foi para a Espanha para encaminhar a liberação do corpo. Na oportunidade, Tadeu, que é avô materno das crianças, e a atual esposa, com quem é casado há 20 anos, solicitaram a guarda provisória dos pequenos, mesmo sem conhecê-los pessoalmente.
Desde que chegaram em Taquari, as crianças foram matriculadas na escola e incluídas como dependentes do Plano de Saúde do avô. “São meus netos filhos”, diz o policial civil, que chegou a pensar em adotar um menino já que tem com a atual esposa duas filhas, de 17 e 11 anos. “Era coisa que cogitávamos em casa”, lembra.
Ele relata que a adptação dos pequenos foi rápida. “Foi mais fácil do que de nós com eles. Para nós foi de uma hora para outra que veiram duas crianças de sangue”, comenta.
Eles estão falando o português fluentemente, o que aprenderam com Gisele. “Foi com a nossa mãe que ensinou porque ela morava aqui no Brasil”, diz o menino, que teve a identidade preservada a pedido do avô.
A avó materna, que já recebeu a visita das crianças, reside em Cachoeirinha, e avó paterna, no Rio de Janeiro.
Suspeito do crime continua preso na Espanha
Gisele foi assassinada a facadas, no dia 3 de outubro de 2014, em Barcelona, onde morava há oito anos. O principal suspeito do crime é seu ex-companheiro, Alex Mário Ferreira e Silva, 45 anos, que está preso desde o dia do crime. Ele foi detido pela polícia local ao lado do corpo da vítima.
Conforme Tadeu, advogados de acusação pedem a condenação com pena máxima prevista na Espanha, de 25 anos, o que também é esperado pela família. “Lá não tem regressão de pena. Fica recolhido durante o prazo definido”, diz.
